março 22, 2007

"Atribuir"...

Que meus caminhos não sejam turvos, mais do que preciso para corrigir meus passos.
E que tudo o que eu fizer seja com o coração, não somente com palavras.
Que meu deitar e meu levantar valham a pena pelas atitudes tomadas durante o período existente em seu meio termo
E que tais atitudes sejam mais que simples demonstrações públicas de alguma coisa...
Que eu não seja nunca como aqueles tantos que tão bem falam...
E como tantos outros que tão bem escrevem...
Ou ainda, como aqueles que emocionam a muitos com suas palavras lindas e ao mesmo tempo vazias...
Inda que seja incômodo o peso das palavras sinceras, são elas que quero proferir até meu último suspiro.
Que a obcessão materialista fixe-se sempre muito longe de onde meus pés estão agora e também de onde eles estarão amanhã,
E que minhas realizações contenham-se sempre no reconhecimento, não em posses.
Que eu sempre me lembre de que a única coisa minha, própria, adquirida e intransferível, é o conhecimento e a experiência de vida que colho desde os primórdios, e esta, inda que me esforce, não será jamais copiada, repassada ou compreendida inteiramente por qualquer que seja...
Que eu não seja hipócrita a ponto de acreditar que apenas os outros erram,
Mas que eu não seja ingênua a ponto de aceitar que meus erros sempre serão perdoados.
Que eu seja sim moça de família, mulher independente, profissional bem sucedida, boa postura; por sorte, boa aparência, um vocabulário rico e uma ótima educação. Mas que antes disso tudo eu seja humana, como é humano o padeiro da esquina, ou trausente que aguarda auxílio à beira da estrada... como a professora primária da escola do interior, o médico com 30 anos de profissão ou o estudante de 1° ano do curso de administração...
E pouco importando o que eu faça, que seja sempre para o bem de alguém, inda que não o meu próprio, e que eu me importe mais com o "dar" do que com o "receber". Que eu consiga transmitir amor àqueles que me rodeiam inda que seja difícil suportar a falsidade de muitos... E que eu nunca aprenda a ser indiferente, nem mesmo com aqueles que o fazem a mim ou à outros.
Que eu chore sim, como já tenho feito, pelas atitudes amargas que vejo, e que me doam as lágrimas por ver a ignorância alheia e não poder fazer a diferença... Que minhas atitudes sejam medidas na proporção dos meus conceitos e minhas necessidades supridas à medida de meu interesse alheio desde que no intuíto de ajudar...
Que eu jamais dê ouvidos aos que me criticam.... ou ainda àqueles que não acreditam que isso possa fazer alguma diferença... Mas que eu nunca permita que os elogios excessivos me corrompam...
Que eu seja assim, simples, sem muitas complicações. Porque a vida é simples desde que a gente saiba como olhar prá ela...
Que eu consiga transmitir aos outros o que realmente considero vida... E que ela não vai valer nada se você não ajudar outro alguém a viver...
By Lady Seilinhah

Um comentário:

Anônimo disse...

bah....q nariz tchê!
legal os textos, profundos....hunf, hunf