junho 02, 2011

Deduções...

Alguém disse que abominava minhas deduções:
Não faz muito tempo.
Mas é um dom, talvez... ou uma prática inconsciente:
Nortear as coisas sem muita teoria.
Vai ver porque agindo, a vida é diferente:
E um ato executado já não depende de uma segunda opinião.
E assim deduzo a vida, sem depender da biogênese:
Tinha alguém lá prá desprezar essa opinião.
Depois, queriam convencer-me
que o homem é fruto de uma evolução...
[que ficou perdida no tempo, então?
Veja que os macacos mantêm seus costumes,
vivem em sociedade e têm bom coração...]
É... mas talvez eu acredite na relatividade...
Na possibilidade das coisas não serem como são.
Talvez os valores sejam bem subjetivos
E, nem sempre, em justa proporção...
E enchemo-nos de teorias e teorias
Sem ter tempo para qualquer auto observação.
Então, não é uma falha, garanto,
mas uma válvula de escape
Ter me tornado essa "garota de dedução".
Eu deduzo a vida da forma que ela se apresenta
Como quando a minha roupa branca, manchada,
não volta a ser branca
inda que eu a tinja com todas as outras cores...
Como quando a minha conta bancária não arredonda
inda que eu utilize todos os fatores...
Como quando assisto um filme qualquer
Sem precisar comprar uma coca prá acompanhar...
Ou como quando faço qualquer outra coisa
sem precisar de cálculos... sem me preocupar:
[Se é que qualquer ação que eu fizer aqui interferirá em outro lugar]
O científico não me agrada, em parte... deixa tudo sem graça:
E o dia a dia deduzido, talvez, seja uma boa farsa...
Uma forma de viver
Sem precisar Justificar...