abril 29, 2009

Visitantes

Elas vieram mas, depois, desapareceram.
Seriam perfeitas mas não lhes dei crédito.
Surgiram do nada, queriam ficar
mas deixei que voassem
com o vento...
Foram prá um lugar
Aonde ninguém as encontraria.
Sumiram no espaço abstrato:
Invisibilizaram-se.
Um dia, voltaram: Tão mais fraquinhas!
Com ar de piedade as acatei...

E espalhei ao tempo

Seus torpes sentidos

Jamais interpretados, quem dirá, ouvidos

Se assim não fosse sua manifestação.

Apenas não deixei que, outra vez, partissem

Pois se fraquinhas voltaram, quem sabe, desistiriam

E assim tornei-as, como se fossem minhas

Adotando-as em seu simples aspecto.

E decodifiquei-as com meus sentimentos

Interpretando-as ao meu injusto modo

(ou seria justo?)...

E acalentando-as com minhas idéias

Derrubei-as sobre o papel em branco

Para que se tornassem, e existissem

E ganhassem um nome denominado:

PALAVRAS...

abril 15, 2009

Icógnitas

Com o vento vem o cheiro de coisas que me lembram o passado:
Fatos que adormeceram depois de muito tempo de caminhada.
Degraus que subi para chegar onde estou agora:
Num tempo que não aceito, num lugar que ainda não é o que almejo...
Nas trilhas do incerto, traço apenas um projeto:
De inúmeras possibilidades e trajetos,
Onde a única coisa que é certa, é a demora.
Mas demora... que demora?
Eu planejei estar aqui, um dia, como parte do caminho!
E agoniei inúmeras vezes pela incerteza do que hoje, é óbvio...
Chorei por acreditar que o tempo era meu maior inimigo:
E num piscar de olhos, tornou-se ontem o que parecia tão difícil!
Na insistência, busco forças. Caminhar, às vezes cansa.
E me pergunto se vale a pena sofrer pelo incerto:
As coisas sempre vêm, quando se luta e se espera.
E se a recompensa chega, quando realmente se deseja
Vale a pena sofrer anos,esperando apenas um dia?
By Seilinhah***