novembro 24, 2008

Catarina (Parte III) - E você vai ouvir falar de "Amor"...

Algo que, aos poucos vai sentir pelas pessoas mais próximas e que, na verdade, nem um ser humano é capaz de explicar. Isso me intriga... como acreditam em algo que nem sabem ao certo o que é?
Não... não leve a descrédito mas não confie plenamente. Entenda que, na maioria das vezes, as pessoas confundem com amor substantivos do tipo "submissão", "possessão" ou "caridade" e por isso vivem uma vida toda esperando serem recompensadas por algo que um dia acreditaram ter: E morrem desiludidas, afogadas em suas próprias mágoas, submersas em sua desilusão (mas não vamos falar de morte quando o que se tem pela frente é toda uma vida)... Se eu acredito? Convenhamos, Cata... Em um mundo onde as pessoas sequestram por "amor", sofrem por "amor", brigam por "amor", matam por "amor" ... de duas uma: Ou pregam algo que não vivem, ou vivem por algo que não pregam... Definitivamente? Impossível.
Você até vai gostar muito de uma pessoa, não trocará sua mãe por nada... seu pai e, se tiver, seus irmãozinhos... Eu espero, fielmente, que goste muito de sua tia... dos avós e bisavós... e do bichinho de estimação que escolher. Ao que sentir pela sua família digamos, é algo que pode, até, ser considerado amor. A gente acredita nisso até o ponto que gera a dúvida e, se gera a dúvida, já não é amor porque quem ama tem certeza do que sente...
Complicado? É... um pouco. Mas depois você aprende que seu primeiro amor não era amor porque acaba 2 semanas depois das férias escolares. Então entra na 2° série e encontra outro. E isso se repete pelos longos anos do ensino fundamental. Percebe que bem lá no fundo, o que você sente é, de certa forma, uma atração: Seja pela beleza, pela amizade ou pela inteligência. E não adianta negar... Relacionamentos, nos dias atuais, são sempre pela política de interesses.
Não espere pelo príncipe encantado. Pessoas perfeitas não existem. Costumamos moldá-las em conformidade com nossas necessidades e, por isso, nos decepcionamos sempre. Entenda que cada pessoa é uma pessoa, mas nem uma é capaz de fazer seu coração bater mais forte por mais que alguns meses. Aos poucos você acostuma, acomoda e, se não souber levar... apaga tudo o que construiu até o momento (falando em sentimento, claro). Então guarde suas palavras. Não diga " te amo" a não ser que tenha certeza disso e, inda que tenha, pense duas vezes: Amor, se existir, não deve ser banal... e demonstrar vale muito mais que qualquer coisa... Saiba que papagaios também falam se você os ensinar!
E acredite quando lhe digo que esse amor que o homem prega não existe. Esse sentimento eterno de total entrega, paciente e benigno... Esqueça, Cata. Aos poucos você vai entender que amar é condição, e se escolher ter isso como parte de sua vida é porque naquele momento, desejando fazer outra pessoa feliz, você aceita conviver com todas as imperfeições possíveis que essa pessoa possa ter... Ser unicamente dela por entender que, inda que não corresponda totalmente às suas expectativas é ela quem aceita também, conviver com as suas imperfeições... E assim, condicionam-se a uma vida que pode ser boa ou não, dependendo daquilo que cada um escolheu ser para o outro... Vida de condição, cata... Como tudo hoje em dia... Felizmente, sempre temos a opção de escolher inda que, infelizmente, alguns prefiram tapar os olhos e existir às cegas!
------------------------------------ By Seilinhah***

novembro 11, 2008

Catarina (parte II) - Entre o Certo e o Errado...

Aqui fora todos levam uma existência regrada. Embora não aceitem, são movidos pelo que a consciência julga certo ou errado e, desta forma fazem ou deixam de fazer muitas coisas em suas vidas. Alguns, por revolta ou pelo prazer que dizem sentir, decidem, simplesmente, não seguir estas regras e, desta forma, sem pensar ou pensando, agem de maneira inconveniente àquela que deveriam...
Não vai ser diferente com você. Aos poucos, vai começar a observar o mundo à sua volta e moldar-se para manter quisitos básicos de sobrevivência e integração social - algo conhecido como ego, ao provir da sua relação com o mundo, e superego quando adota isso de sua família ou convivência social - e, baseando-se nisso, vai começar a entender o que quero lhe dizer agora, mas lembre-se... Sempre, independente da circunstância, escolha fazer o certo.
Aí você pergunta: Tia, o que é certo?
Entenda Cata, no mundo que vivemos não existe "certo" absoluto... nem verdade completa. Em todos os anos de minha existência não deparei, ainda, com alguém que nunca tenha errado acreditando estar no caminho certo. A realidade é que não importa quanto você fuja (se bem que não deve fazer isso nunca), sempre haverá o momento de tomar uma decisão. É uma praxe constante em nossa vida, desde o momento que abrimos os olhos, na matina, até o que tornamos a fechá-los, ao deitar. Não é errado não escolher o certo. Errado é ter medo de errar. E todas as vezes que fizer isso lembre-se de que nossos erros são a base de toda nossa existência. São eles que nos tornam fortes com o passar do tempo e, através disso, nos conscientizam a não repetir coisas do passado.
É engraçado acreditar nisso, mas sem erros não há vida, nem história. Eles marcam os frios na barriga, os perigos que passamos, as histórias que contamos... Através deles que chegamos a conclusão do que é correto. Não quero dizer que deva viver em erros, Cata, e sim, que deve aprender que assumir os seus pode ser uma das coisas mais gratificantes de sua existência... Isso lhe permite construir algo muito importante no seu conteúdo pessoal, chamado "caráter"...
Depois te todas as idas e vindas você percebe que não importa quanto busque fazer o que é correto, sempre restará uma dúvida, sempre haverá um porém... Sempre haverá alguém que opinará o contrário mas, sinceramente? Não escolha porque os outros escolhem, não decida porque a maioria quer... olhe prá você, para aquilo que você carrega aí dentro, para as idéias que você formou e diga: É isso.
É isso que é o correto: Ouvir a sua consciência, ter a sua opinião, seguir os seus instintos, as suas vontades sem extrapolar os limites... Quais são esses limites?
Aqueles que permitem a um outro alguém ter o mesmo direito de escolha, assim como você!
************ By Seilinhah ***