outubro 13, 2006

Queria sim, entender o ser humano. A necessidade de expressão em alguns e a falta de compreensão em outros. A mísera justificativa de julgar as aparências como se fosse o necessário para a sobrevivência. O não olhar além de onde se está para encontrar novos conceitos... O comodismo de aceitar as coisas como elas são e não procurar nada que possa mudar a realidade.
A realidade que na realidade não é mais que aquilo que cada um escolheu para si. Os sonhos que não passam de sonhos quando aceitam que o lugar dos mesmos é sempre nas nuvens e nunca diante dos olhos. E eles permanecem sempre lá, inatingíveis. Não porque o são, afinal, sonhos estão sempre no lugar aonde devem estar... O que falta às pessoas é a coragem para construirem alicerces e atingí-los.
Enquanto os dias passam e as pessoas lamentam não conseguir tudo o que desejam, eu continuo sem entender essa carência cômoda. O chorar por algo que nem ao menos tentam; o permanecer de braços cruzados e esperar que tudo caia sobre si, esquecendo que a única coisa que cai do céu, de graça, é a chuva.
Queria entender se o ser humano é muito cômodo ou eu muito agitada. Na realidade, não invejo esse "sentar-se sobre o tempo" se posso muito bem caminhar com ele. Ele passa, é certo... Não há como evitar isso... Claro que se pudesse, eu o estacionaria em diversas fases da vida,mas é preciso aceitar que nada dura para sempre e que meu amanhã depende das minhas escolhas atuais. Há pessoas que não entendem isso. Elas têm medo do novo. Preferem evitar escolhas, tapar os olhos e fingir que não reconhecem que são elas mesmas responsáveis por cada conseqüencia...
Queria sim, entender o ser humano. E poder deixar claro à todos que não existem melhores oportunidades, mas as oportunidades melhor aproveitadas por alguns. E com a mesma nitidez expressar que algumas pessoas sabem discernir isso... Estas, nascem para serem invejadas. As demais, para terem inveja. E graças a Deus, inveja eu não tenho!

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