novembro 23, 2006

Eu espero pelo dia em que todos terão direito às mesmas coisas, obedecerão as mesmas regras, sentirão os mesmos gostos.
Pelo dia em que todos aprenderão olhar além do espelho, além da própria imagem, e esquecendo o egoísmo, estenderão a mão àqueles que realmente precisam.
Eu espero pelo dia que o sol brilhe em todas as ruas, pelo prato de comida em todas as mesas, pelo cobertor em todas as camas... Eu espero que um dia todos tenham camas... E teto... E família...
Eu espero pelo dia que palavras não sejam mais vistas com tanta importância... Que status e poder já não estejam relacionados e se puder, que nem existam mais... Que saúde seja comum à todos assim como a educação.
Eu espero pelo dia em que as pessoas simples serão mais críticas e menos subordinadas. Quando pessoas serão, indistintamente amadas, aceitas, humanas.
Eu espero sim por este dia, mesmo que ele nunca chegue.
Mesmo que alguém me critique.
Mesmo que você não acredite que ele possa existir.
Espero, porque é na esperança que encontro forças para tentar mudar o mundo,
não o de todo mundo,
mas o mundo que eu vivo e posso considerar meu.
Às vezes me pego cansada... A inconsciência das pessoas me irrita. Os noticiários me magoam... Já nem assisto mais televisão.
Mas levanto porque no chão não sou capaz de estender a mão prá alguém levantar,
Porque ainda tenho forças para lutar
E tentar mudar um mundo repleto de homens e excasso de cidadãos.

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